O futebol de
salão começou a ser praticado em 1930 por jovens freqüentadores da
Associação Cristã de Moços (ACM) de São Paulo e em Montevidéo, no Uruguai.
Devido à dificuldade para encontrar campos de futebol, improvisaram "peladas"
nas quadras de basquete e hóquei aproveitando as traves usadas na prática desse
último esporte.
O Uruguai, nos anos 30, era a grande
referência no futebol, sua seleção foi bicampeã olímpica e sede da primeira
Copa do Mundo de Futebol, promovida pela FIFA, sendo também a primeira seleção
campeã. O futebol estava em alta nos dois países e o intercâmbio dentro da ACMs
era constante.
Para os uruguaios, o criador do esporte
foi o professor Juan Carlos Ceriani Gravier, da ACM de Montevidéo. Nesta
associação, um grupo de jovens alunos, empolgados com o sucesso do futebol
uruguaio, praticavam-no como recreação em quadras de basquete.
Assim, o professor Ceriani preparou
algumas regras em 1933, tomando como base quatro esportes: basquete, handebol,
futebol e pólo-aquático. Do basquete, além da quadra, adaptou a falta pessoal,
a troca de jogadores e o tempo total de jogo; do handebol, o fato de não poder
marcar gols de qualquer distância; do futebol, sua condição e do pólo-aquático,
quase todas as regras sobre o goleiro.
Entretanto, nós, brasileiros,
argumentamos que o jogo praticado no Uruguai não estava ainda organizado e
poderia ser praticado por cinco, seis e até sete jogadores. Nas décadas de 30 e
40, este "protótipo" do que
viria a ser o futebol de salão era intensamente praticado nas ACMs dos dois
países.
Com isso concluímos que de fato, a
pratica de um tipo de futebol dentro de quadras começou na Associação Cristã de
Moços, seja ela no Brasil ou no Uruguai.
O esporte difundiu-se rapidamente por
outros estados e na década de 50 começaram a ser fundadas as federações
estaduais de futebol de salão. Até 1958, São Paulo e Rio de Janeiro disputavam
a primazia do jogo, havendo divergências entre as regras locais. Tudo se resolveu com a oficialização da
prática pela Confederação Brasileira de Desportos nesse ano, que padronizou as
regras e aceitou as federações estaduais como filiadas.
Em 1956, Luiz Gonzaga de Oliveira, da
Federação Paulista de Futebol de Salão criou o primeiro Livro de Regras,
posteriormente adotadas pela FIFUFA (Federação Internacional de Futebol de
Salão).
Outro fato que dá ao Brasil a paternidade
do futebol de salão é o fato da Federação Uruguaia de Futebol de Salão ser
fundada em 1965, onze anos depois da brasileira.
Para se ter uma idéia da importância que
este tema tem, tanto para o Brasil, como para o Uruguai, basta dizer que em
1967, com a finalidade de esclarecer o mesmo, Luiz Gonzaga, com o apoio de João
Havelange ( então presidente da Confederação Brasileira de Deporto) organizaram
no Rio de Janeiro o I Congresso das Federações de Futebol de Salão. Assistiram
ao congresso catedráticos de educação física ligados às ACMs (do Brasil e do
Uruguai). Tudo indica que a primeira das conclusões a que chegaram foi que o
futebol de salão é um esporte genuinamente brasileiro.
A evolução do esporte
As bolas eram de crina vegetal, serragem
ou cortiça granulada e sofreram sucessivas modificações, diminuindo o seu
tamanho e aumentando seu peso.
Daí o fato de o futebol de salão ser
chamado também de "esporte da
bola pesada". De início as equipes variavam de número, tendo
cinco, seis e até sete jogadores, mas pouco a pouco foi fixado o limite de
cinco. Acreditaram, porém, que o futebol jogado nos salões da ACM era violento
demais, principalmente para os goleiros.
Por isso, sua prática ficou restrita aos
adultos, e assim mesmo esporadicamente.
Durante um curso promovido pelo Instituto Técnico da Federação Sulamericana da Associação Cristã de Moços, foram distribuídas cópias das regras a todos os representantes.
Durante um curso promovido pelo Instituto Técnico da Federação Sulamericana da Associação Cristã de Moços, foram distribuídas cópias das regras a todos os representantes.
QUADRA
A quadra de jogo é um retângulo
com o comprimento de 42 metros e o mínimo de 25 metros, tendo a largura máxima
de 22 metros e a mínima de 15 metros.
a)As linhas demarcatórias da quadra, na lateral e no fundo, deverão estar afastadas 1(um) metro de qualquer obstáculo (cerca ou alambrado); b)Para partidas oficiais a quadra deverá ter um comprimento mínimo de 30 metros e uma largura mínima de 17 metros.
a)As linhas demarcatórias da quadra, na lateral e no fundo, deverão estar afastadas 1(um) metro de qualquer obstáculo (cerca ou alambrado); b)Para partidas oficiais a quadra deverá ter um comprimento mínimo de 30 metros e uma largura mínima de 17 metros.
Todas as linhas demarcatórias da
quadra deverão ser bem visíveis, com 8(oito) centímetros de espessura, que não
sejam sulcos cavados.
a) As linhas demarcatórias de
maior comprimento denominam-se linhas laterais e as de menor comprimento linhas
de fundo. b) Na metade da quadra será traçada uma linha divisória, de uma
extremidade a outra das linhas laterais, eqüidistantes as linhas de fundo.
c) O centro da quadra será demarcado por um pequeno círculo com (dez) centímetros de diâmetro.
d) Ao redor do pequeno círculo será fixado o círculo central da quadra com um raio de 3(três) metros.
c) O centro da quadra será demarcado por um pequeno círculo com (dez) centímetros de diâmetro.
d) Ao redor do pequeno círculo será fixado o círculo central da quadra com um raio de 3(três) metros.
e) As linhas que delimitam as
partes da quadra de jogo pertencem as respectivas partes.
O seu piso será de madeira,
material sintético ou cimento, rigorosamente nivelado, sem declives, nem
depressões, prevenindo escorregões e acidentes.
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ÁREA DE META
Nas quadras com largura igual ou
superior a 17 metros, em cada extremidade da quadra, a 6(seis) metros de
distância de cada poste de meta haverá um semi-círculo perpendicular à linha de
fundo que se estenderá ao interior da quadra com um raio de 6(seis)metros. A
parte superior deste semi-círculo será uma linha reta de 3(tres) metros,
paralela a linha de fundo, entre os postes. A
superfície dentro deste semi-círculo, denomina-se área de meta. Nas
quadras com largura inferior a 17 metros, o semi-círculo perpendicular a linha
de fundo terá um raio de 4(quatro) metros .
As linhas demarcatórias fazem parte da área de meta
As linhas demarcatórias fazem parte da área de meta
PENALIDADE MÁXIMA
A distância de 6(seis) metros do
ponto central da meta, medida por uma linha imaginária em ângulo reto com a
linha de fundo e assinalada por um pequeno círculo de 10(dez) centímetros de
raio, serão marcados os respectivos sinais de penalidade máxima.
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TIRO LIVRE SEM BARREIRA
A distância de 12(doze) metros do
ponto central da meta, medida por uma linha imaginária em ângulo reto com a
linha de fundo, serão marcados os respectivos sinais, de onde serão cobrados os
tiros livres sem barreira, nas hipóteses previstas nestas regras.
METAS (traves ou balizas)
No meio de cada área e sobre a
linha de fundo serão colocadas as metas , formadas por dois postes verticais
separados em 3(três) metros entre eles (medida interior) e ligados por um
travessão horizontal cuja medida livre interior estará a 2(dois) metros do
solo. A largura e espessura dos postes e do travessão serão de 8(oito) centímetros
e quando roliços terão o diâmetro de 8(oito) centímetros.
Os postes e travessão , poderão
ser confeccionados em madeira, plástico, ferro ou material similar e pintados,
de preferência de branco e fixados ao solo. Os postes e travessão deverão ter a
mesma largura e espessura. Serão colocadas redes por trás das metas e
obrigatóriamente presas aos postes, travessão e solo. Deverão estar
convenientemente sustentadas e colocadas de modo a não pertubar ou dificultar a
ação do goleiro.
As redes serão de corda, em
material resistente e malhas de pequena abertura para não permitir a passagem
da bola.
BOLA
A Bola será esférica. O invólucro
será de couro macio ou de outro material aprovado. Nas categorias Principal e
Juvenil, as bolas em sua circunferência terão no máximo 64 (sessenta e quatro)
centímetros e no mínimo 61(sessenta e um) centímetros.
Seu peso terá no máximo 430(quatrocentos e trinta
gramas) e no mínimo 390 (trezentos e noventa) gramas.
Nas categorias Infantil e
Feminino, as bolas em sua circunferência terão no máximo 59(cinquenta e nove)
centímetros e no mínimo 55(cinquenta e cinco)centímetros. Seu peso terá 380
(trezentos e oitenta) gramas e no mínimo 350(trezentos e cinquenta) gramas. As
bolas, para estas categorias, deverão ter uma marca, em cor diferente, bem
visível para sua fácil identificação. A bola somente poderá ser trocada,
durante a partida, com a autorização do árbitro.
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NÚMERO E SUBSTITUIÇÃO DE ATLETAS
A partida será disputada entre
duas equipes compostas, cada uma, por
no máximo de 5(cinco) atletas, um dos quais, obrigatoriamente, será o
goleiro. É vedado o início de uma partida sem que as equipes contém com um
mínimo de 5(cinco) atletas, nem será permitida sua continuação ou
prosseguimento se uma das equipes, ou ambas, ficar reduzida a menos de 3(três)
atletas. O número máximo de atletas reservas, para substituições, é de 7
(sete). Será permitido um número indeterminado de substituições
"volantes", a qualquer tempo do jogo, sem necessidade de paralisação do cronômetro, exceção feita ao
goleiro que somente poderá ser substituído com a bola fora de jogo.
Um atleta que tenha sido substituído poderá
voltar a partida em substituição a outro. A substituição volante realiza-se
quando a bola estiver em jogo, subordinando-se às seguintes condições: a) O
atleta que sai da quadra de jogo, deverá fazê-lo pela linha lateral, nos
3(três) metros correspondentes ao lado onde se encontra seu banco de reservas ,
mas nunca antes de o atleta substituído transpor completamente a linha lateral.
b) O atleta que entra na quadra de jogo deverá fazê-lo pela mesma linha da zona de substituição, também nos 3(três) metros correspondente ao lado onde se encontra seu banco de reservas e no setor chamado zona de substituições. c) É vedada a substituição do goleiro por ocasião da cobrança de tiros livres direto ou indireto (exceção na cobrança de penalidade máxima), salvo em caso de contusão grave por ele sofrida, comprovada pelo árbitro e confirmada pelo médico ou, na ausência deste, pelo massagista, ou em caso de expulsão. d) Qualquer atleta substituto está submetido a autoridade e jurisdição dos árbitros, seja ou não chamado a participar da partida.
e) A substituição completa-se quando o substituto entra na quadra de jogo e, o substituto, deixa a mesma totalmente.
b) O atleta que entra na quadra de jogo deverá fazê-lo pela mesma linha da zona de substituição, também nos 3(três) metros correspondente ao lado onde se encontra seu banco de reservas e no setor chamado zona de substituições. c) É vedada a substituição do goleiro por ocasião da cobrança de tiros livres direto ou indireto (exceção na cobrança de penalidade máxima), salvo em caso de contusão grave por ele sofrida, comprovada pelo árbitro e confirmada pelo médico ou, na ausência deste, pelo massagista, ou em caso de expulsão. d) Qualquer atleta substituto está submetido a autoridade e jurisdição dos árbitros, seja ou não chamado a participar da partida.
e) A substituição completa-se quando o substituto entra na quadra de jogo e, o substituto, deixa a mesma totalmente.
A troca de posição entre o
goleiro e os demais atletas participantes da partida poderá ser feita devendo,
entretanto, ser previamente autorizada por um dos árbitros e no momento em que
o jogo esteja paralisado.
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EQUIPAMENTOS
O equipamento dos atletas
compõe-se de camisa de manga curta, ou manga comprida, calção curto, meias de
cano longo, caneleiras, tênis confeccionados com lona, pelica ou couro macio,
com solado revestimento lateral de borracha ou material similar, ficando terminantemente
proibido o uso de camisa sem manga e de sapatos com solado de couro ou pneu, ou
que contenham travas. As caneleiras deverão estar completamente cobertas pelas
meias e serem confeccionadas em material apropriado em material apropriado que
ofereça proteção ao atleta(borracha, plástico, poliuretano ou material
similar).
O goleiro usará uniforme com
camisa de cor diferente dos demais atletas, sendo-lhe permitido, com
exclusividade, para fins de proteção, o uso de calça de agasalho.
DURAÇÃO DA PARTIDA
O Tempo de duração de uma partida
é de 40 minutos ,
cronometrados, divididos em dois
períodos de 20 minutos cada, com tempo máximo de 10 minutos para descanso entre
ambos, para as categorias Principal e Juvenil.
Considerando a menor resistência do organismo em
formação e não poder exigir-se de atletas de reduzida idade um excessivo
esforço físico, os tempos de duraçào da partida, na categoria Infantil, serão
de 30 minutos, cronometrados, divididos em dois períodos de 15 minutos cada,
com o máximo de 10 minutos de descanso entre ambos, sendo que, o mesmo vale
para a categoria feminina.
A duração de qualquer período da partida deverá ser
prorrogada para permitir a execução de uma penalidade máxima, uma vez esgotado
o tempo regulamentar.
- Será concedido às equipes disputantes,
objetivando das instruções aos atletas, o direito de solicitar o pedido máximo
de 2 (dois) tempos, um em cada período da partida, sendo de 1 (um) minuto a duração
de cada tempo solicitado.
BOLA DE SAÍDA
No ínicio da partida a escolha de
lado ou pontapé inicial será decidido por meio de sorteio pelo árbitro
principal. A equipe vencedora do sorteio escolherá a meia quadra onde irá atuar
ou optará pela execução do pontapé inicial.
Dado o sinal pelo árbitro, a partida será iniciada
por um dos atletas, que movimentará a
bola com os pés em direção ao lado contrário, devendo a a mesma, nesse
momento, estar colocada imóvel sobre o centro da quadra, cada equipe deverá estar em seu próprio lado e nenhum atleta da equipe
contrária à iniciadora da partida poderá aproximar-se a menos de 3(três) metros
da bola, nem invadir a meia quadra do adversário enquanto o pontapé inicial não
for dado e a bola houver percorrido distância igual a sua circunferência.
O atleta que executar o pontapé
inicial não poderá ter contato com a bola enquanto esta não for tocada ou
jogada por outro atleta.
Após o descanso regulamentar a que se refere a
regra, a partida recomeçará com as equipes disputantes trocando de lado e o
reinício será efetivado por um atleta da equipe contrária aquela que deu o
pontapé inicial.
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